terça-feira, 4 de outubro de 2022

Classificação de risco: físico, químico, biológico, ergonômico, acidentes

Classificação de risco: físico, químico, biológico, ergonômico, acidentes


Os fatores de risco são classificados em 5 categorias.


O gerenciamento dos riscos é extremamente importante e por isso, profissionais da área de segurança devem conhecer a classificação de cada fator de risco, a fim de observar sua forma de propagação e propor medidas de controle eficazes.

Os riscos são classificados como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Veja abaixo alguns exemplos de fatores de risco de acordo com sua classificação.


Riscos físicos


São riscos ambientais que, de maneira geral, são formas de energia as quais os trabalhadores estão expostos.

  • Ruído: presente em diversas organizações, especialmente devido ao manuseio de máquinas e equipamentos, o ruído pode ser do tipo contínuo, intermitente ou ruído de impacto.
  • Vibração: pode se apresentar de duas formas: vibração de mãos e braços (VMB) ou vibração de corpo inteiro (VCI);
  • Radiação, podendo ser do tipo ionizante ou não-ionizante. Ambas com características distintas, mas com potencial de causar danos à saúde do trabalhador.
  • Calor: presente, na maior parte das vezes devido a presença de fontes artificiais que provocam aquecimento ou trabalhos a céu aberto com carga solar também podem ter o agente de risco calor.
  • Frio: a exposição a baixas temperaturas pode ser tão prejudicial quanto ao calor.
  • Pressões anormais: são pressões abaixo ou acima da pressão normal (pressão atmosférica). As baixas pressões estão presentes em atividades em grande altitude e as altas pressões estão presentes em trabalhos abaixo do nível do mar.
  • Umidade: Ainda poderíamos citar como risco físico a umidade, caracterizado pela presença de locais alagados, molhados ou com umidade excessiva.

Riscos químicos


Os riscos químicos podem estar presentes na forma de vapores, névoas, neblinas, fumos, gases ou poeiras.

O fator de risco é o próprio agente químico manuseado, como: acetato de etila, amônia, butileno, etileno, etano, hidrogênio, metano, propileno, propano, tolueno, xileno, metanol, ácido hidrofluorídrico, amônia, ácido sulfúrico, clorofórmio, epicloridrina, dióxido de sódio, dentre tantos outros.

No caso de poeiras, por exemplo, é preciso saber sua origem (mineral, vegetal..) para podermos caracterizar os riscos da exposição e medidas de controle eficazes.

Quando falamos de agentes químicos, é preciso conhecer o processo produtivo e as atividades que são desenvolvidas, a fim de identificar a forma como são dispersos no ar e as características de contato de cada fator de risco.

Riscos biológicos


São considerados riscos biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, vírus, entre outras que podem adentrar nosso organismo pela pele ou via respiratória. Em geral, todos os seres vivos, vegetais, plantas e solo são colonizados ou estão ligados a algum tipo de microrganismo, logo é necessário observar a atividade e as interações para que seja constatada a exposição.

O risco biológico está presente principalmente em hospitais, tratamento de animais, coleta de resíduos, limpeza e demais atividades que possam ter contato com os fatores de risco já citados.

Riscos ergonômicos


A ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao homem. Riscos ergonômicos estão presentes em praticamente todas as empresas, de todos os segmentos.

Neste sentido temos a ergonomia física, cognitiva e organizacional.

A ergonomia física é mais intuitiva e perceptível ao observarmos um posto de trabalho, pois está relacionada a posturas adotadas, manuseio de ferramentas, movimentos repetitivos, movimentação de cargas e outros, fisicamente visíveis.

Já a ergonomia cognitiva, podemos afirmar que está relacionada diretamente a processos mentais, como a percepção, atenção, controle motor, memória e cognição. Esta, também chamada de engenharia psicológica, busca entender como o ser humano atua em conjunto com o sistema, utilizando sua carga mental, vigilância, habilidade de tomar decisões, interação com computador e treinamento.

Por fim, a ergonomia organizacional, também conhecida como macroergonomia, está muito ligada à administração científica do trabalho. São avaliados os sistemas sociotécnicos, como a estrutura organizacional, políticas e processos, favorecendo o trabalho cooperativo e participativo. Neste sentido, são estudados fatores como a programação do trabalho, a satisfação do trabalhador, motivação, supervisão, trabalho em equipe ou à distância e a ética.

Riscos de acidentes


Estes riscos estão presentes em praticamente todas as atividades laborais e por isso, uma análise criteriosa deve ser aplicada a cada pequena atividade ou tarefa, buscando identifica-los para então preveni-los.

Vejamos alguns exemplos:
  • desníveis no piso;
  • arranjo físico inadequado;
  • máquinas e equipamentos sem proteção;
  • armazenamento inadequado;
  • ferramentas inadequadas;
  • eletricidade;
  • incêndio ou explosão;
  • animais peçonhentos (ou outros que possam causar danos);
Podemos citar ainda riscos de queda de altura, trabalhos em espaço confinado, queda de mesmo nível, queda de materiais, projeção de partículas, respingo de produtos químicos, pisos escorregadios, batidas contra objeto ou pessoa, ferramentas ou jatos cortantes, atropelamento, tombamento, soterramento.

Mesmo que tenhamos de diversos fatores de risco de acidentes, não devemos nos limitar apenas a estes. É fundamental uma boa análise, observando cada micro atividade e levando em consideração todo o contexto do local onde o trabalho é realizado.

Resumo da Classificação dos Fatores de Risco














Deise Sprenger

Engenheira de Segurança do Trabalho



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